O ovo
Outro dia li um texto no web site HSM sobre a dificuldade que empresas vêm encontrando com a falta de humildade de seus trainees, principalmente quando estes assumem cargos de gerência.
Para começar, vamos falar um pouco sobre a contratação de um trainee. Ela é iniciada pela filtragem de um sem-número de currículos, normalmente enviados por meio da Internet, por um grupo de especialistas em recursos humanos ou uma consultoria da área.
Na segunda fase os participantes executam testes de conhecimento geral, conhecimento sobre o mercado de atuação da empresa, uma ou mais línguas estrangeiras, lógica, jogos que se assemelham a um “Banco Imobiliário empresarial”, entre outros.
Posteriormente estes participantes, geralmente na faixa dos 20 anos de idade, comparecem a inúmeras entrevistas, processos psicotécnicos de seleção comandados por especialistas, palestras e encontros com importantes executivos da empresa.
Quando contratado este profissional inicia sua carreira com a promessa de altos cargos e sucessivas promoções.
A princípio esta pode parecer uma forma bem interessante de moldar e vincular um profissional altamente capacitado ao modelo empresarial desejado. Porém, este pode ser um jogo muito perigoso caso a empresa em questão não tenha o conhecimento ou financiamento necessário para bancar este tipo de proposta.
Dizer a um jovem que ainda beira os 20 anos que há uma corporação multimilionária investindo o que for preciso para o seu desenvolvimento é, no mínimo, um bom motivo para que ele se sinta seguro o suficiente para pular uma etapa extremamente importante no início de qualquer carreira: o questionamento. É nesta fase que um profissional comum, com um mínimo de potencial, se permite questionar os tais modelos empresariais. Permite-se encarar algumas situações onde o auxílio de nenhum especialista pode dizer se é hora de continuar nos “moldes” da instituição ou se é hora de avaliar a própria carreira um pouco mais a fundo. Este profissional adquire outra característica extremamente importante para a continuidade de sua carreira: experiência profissional sólida.
Não recrimino os programas de trainees quando as empresas investem de forma correta em seus profissionais, questionando-os, avaliando sua satisfação e lembrando de que se tratam de jovens de 20 anos com mais dúvidas do que soluções na cabeça. Mas acredito sinceramente que num futuro próximo estas empresas tenderão a investir mais e a longo-prazo em seus funcionários de base, de forma mais ponderada. Um argumento para tal é o fato de que as carreiras são cada vez mais voláteis ou menos controláveis do ponto de vista das corporações, além de que as vagas tornaram-se muito mais suscetíveis às alterações do mercado. Ademais, o tempo de permanência dos funcionários numa dada empresa vêm, em geral, diminuindo.
Foi-se o tempo em que encontrar um jovem de confiança, bem instruído, com potencial de crescimento e com humildade suficiente para entender que o Google não é a solução para todas as dúvidas do ambiente empresarial estava a uma boa universidade de distância. Agora é hora de investir nos profissionais de base para que se tornem gestores mais participativos do que competitivos, que assumirão num futuro próximo um papel mais parecido com o trabalho de um facilitador do que de um chefe.
Esta é uma avaliação interessante para os Recursos Humanos que procuram pelo ovo de Colombo na rua, quando poderiam chocá-lo dentro de casa...
Para começar, vamos falar um pouco sobre a contratação de um trainee. Ela é iniciada pela filtragem de um sem-número de currículos, normalmente enviados por meio da Internet, por um grupo de especialistas em recursos humanos ou uma consultoria da área.
Na segunda fase os participantes executam testes de conhecimento geral, conhecimento sobre o mercado de atuação da empresa, uma ou mais línguas estrangeiras, lógica, jogos que se assemelham a um “Banco Imobiliário empresarial”, entre outros.
Posteriormente estes participantes, geralmente na faixa dos 20 anos de idade, comparecem a inúmeras entrevistas, processos psicotécnicos de seleção comandados por especialistas, palestras e encontros com importantes executivos da empresa.
Quando contratado este profissional inicia sua carreira com a promessa de altos cargos e sucessivas promoções.
A princípio esta pode parecer uma forma bem interessante de moldar e vincular um profissional altamente capacitado ao modelo empresarial desejado. Porém, este pode ser um jogo muito perigoso caso a empresa em questão não tenha o conhecimento ou financiamento necessário para bancar este tipo de proposta.
Dizer a um jovem que ainda beira os 20 anos que há uma corporação multimilionária investindo o que for preciso para o seu desenvolvimento é, no mínimo, um bom motivo para que ele se sinta seguro o suficiente para pular uma etapa extremamente importante no início de qualquer carreira: o questionamento. É nesta fase que um profissional comum, com um mínimo de potencial, se permite questionar os tais modelos empresariais. Permite-se encarar algumas situações onde o auxílio de nenhum especialista pode dizer se é hora de continuar nos “moldes” da instituição ou se é hora de avaliar a própria carreira um pouco mais a fundo. Este profissional adquire outra característica extremamente importante para a continuidade de sua carreira: experiência profissional sólida.
Não recrimino os programas de trainees quando as empresas investem de forma correta em seus profissionais, questionando-os, avaliando sua satisfação e lembrando de que se tratam de jovens de 20 anos com mais dúvidas do que soluções na cabeça. Mas acredito sinceramente que num futuro próximo estas empresas tenderão a investir mais e a longo-prazo em seus funcionários de base, de forma mais ponderada. Um argumento para tal é o fato de que as carreiras são cada vez mais voláteis ou menos controláveis do ponto de vista das corporações, além de que as vagas tornaram-se muito mais suscetíveis às alterações do mercado. Ademais, o tempo de permanência dos funcionários numa dada empresa vêm, em geral, diminuindo.
Foi-se o tempo em que encontrar um jovem de confiança, bem instruído, com potencial de crescimento e com humildade suficiente para entender que o Google não é a solução para todas as dúvidas do ambiente empresarial estava a uma boa universidade de distância. Agora é hora de investir nos profissionais de base para que se tornem gestores mais participativos do que competitivos, que assumirão num futuro próximo um papel mais parecido com o trabalho de um facilitador do que de um chefe.
Esta é uma avaliação interessante para os Recursos Humanos que procuram pelo ovo de Colombo na rua, quando poderiam chocá-lo dentro de casa...
1 Comentários:
espero que os RHs leiam isso.
Abraco,
Vaz.
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial