segunda-feira, 20 de julho de 2009

Conquistadores

Atualmente estou lendo o livro 1808, do Laurentino Gomes, que retrata a chegada da família Real de Portugal ao Brasil, bem como sua permanência aqui na terrinha.

Os motivos pelos quais a família Real veio para cá, todos nós vimos nas aulas de história. O sufoco que o reino português passava ao apoiar a Inglaterra, mesmo com o embargo de Napoleão ao país, colocou em perigo o reino de Portugal, que acabou invadido pelos franceses e obrigou a fuga da família Real para o Brasil.

Porém, apesar do assunto do livro ser a vinda da realeza, escrevo aqui sobre uma pequena passagem do livro onde Laurentino Gomes escreve um pouco sobre este que trouxe o domínio da Europa para as mãos da França Revolucionária: Napoleão Bonaparte.

Ainda com 16 anos, estudante do colégio militar, Napoleão Bonaparte já era tenente do exército francês. Ganhou reputação como Republicano e, ainda na escola, estabeleceu ligações com as futuras lideranças revolucionárias.

Aos 24 anos sua participação na Batalha de Toulon fora tão decisiva, bem como suas ações após a batalha, que foi promovido de Capitão a General oito semanas depois. Três anos mais tarde viria a ser comandante do exército na Itália, quando já executava ousadas manobras militares.

Em 1804, ao se autoproclamar imperador dos franceses, Napoleão Bonaparte escreveu ao seu ministro das Relações Exteriores: “Não sou herdeiro de Luís XIV, sou herdeiro de Carlos Magno”, fundador do Sacro Império Romano, que dominou por anos a maior parte do continente europeu.

Napoleão expulsou da Europa muitos reis poderosos, que foram forçados a se refugiarem em outros países e até continentes, como no caso de Dom João VI.

Pode-se dizer que Napoleão não foi apenas o marco do fim do Velho Regime, ele promoveu o fim do Velho Regime. Reis não eram mais reis e impérios passariam a se tornar modelos mais modernos de Estados livres e liberais.

Bom, esse panorama histórico já conhecemos, mas minha provocação aqui é: O que move pessoas como Napoleão Bonaparte?

Não acredito sinceramente, como é dito no livro, que sejam apenas “as pessoas certas, no lugar certo e na hora certa”. Napoleão Bonaparte, assim como Alexandre, o Grande, Átila, o rei dos Hunos, Gengis Khan, Khan (Senhor dos senhores), ou mesmo heróis como William Wallace e vilões como Adolf Hitler, foram muito mais que estrategistas de guerra. Estes homens foram fatores decisivos de mudança em todo o mundo.

Suas conquistas tornaram-se grandes acontecimentos, pois promoveram profundas mudanças na forma de pensar a política, religião, economia, as civilizações, tecnologias, etc.

Eles utilizaram todas as ferramentas existentes, sejam elas bélicas, tecnológicas, políticas, humanas, para atingir o ponto chave de suas ações: Um ideal próprio e, ao mesmo tempo, comum.

Estas pessoas promoveram a unificação do pensamento com seus povos e aliados. Eles convergiram ações e idéias em prol de mudanças necessárias, tendo escolhido, muitas vezes, meios questionáveis e repreensíveis para isto.

Quando comparados, alguns eram movidos por ideais antônimos como, por exemplo, a miséria e humilhação do povo alemão que atiçou Hitler e os ideais de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” da já poderosa França de Napoleão.

Deixando de lado o caráter e os resultados das grandes mudanças ocorridas nesses casos, estudei cada um atualmente e extraí cinco conceitos cruciais que movimentaram estes homens que, por sua vez, movimentaram o mundo:

Foco: Acreditam em objetivos fixos, únicos, que os levam por caminhos dos mais diferentes até atingir seus ideais.

Obstinação: Não há no mundo quem faça estes grandes líderes duvidarem de seus objetivos, suas capacidades, bem como de suas escolhas.

Perseverança: Não importa se o caminho é reto, tortuoso, íngreme ou plano, a solução certa a ser seguida é aquela que mais se aproxima do destino final e não pode ser negligenciada em momento algum.

Persuasão: “Não existem grandes conquistadores que não sejam grandes políticos. Um conquistador é um homem cuja cabeça se serve, com feliz habilidade, do braço de outrem” – Voltaire

Preparo: Lord Wellington, que em 1815 derrotou definitivamente Napoleão na Batalha de Waterloo, dizia que, no campo de batalha, Napoleão sozinho valia por 50.000 soldados. O mesmo homem que, com 16 anos, já trabalhava em suas alianças políticas.


Todos estes conceitos juntos, segundo meus estudos e opiniões, podem trazer à tona grandes mudanças em pessoas, empresas, equipes e, principalmente, em líderes bem preparados.

Estão aqui meus objetivos pessoais.
Mãos à obra.

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