Marketing Pessoal X Supervalorização
Não é incomum ouvirmos profissionais gabaritados dizerem que o sucesso depende de excelente qualificação, bom planejamento de carreira, capacidade de liderança e, dentre outra dezena de características, uma boa dose de marketing pessoal.
É visível a capacidade que algumas pessoas têm de escalar cargos com rapidez quando dependem do relacionamento. Porém é importante colocar que esta característica é apenas um complemento para todas as outras. Sem a qualidade técnica e a confiabilidade não há marketing pessoal que sustente uma carreira.
É comum ouvir alguém que não se considera um bom “marketeiro pessoal” resmungando a respeito da auto-promoção de outras pessoas. Há alguns dias atrás escutei:
“Ontem recebi um e-mail gigantesco do fulano sobre uma ação implantada na área de eventos. Era incrível a forma como tudo estava escrito! Metade do e-mail contava uma história sobre todos os problemas que existiam antes desta ação. A outra metade descrevia a implantação em tom de batalha, com todos os benefícios trazidos para a empresa. E este e-mail foi copiado para mais da metade dos funcionários.
O detalhe mais interessante é que esta ação se resumia à criação de uma planilha padrão de acompanhamento de eventos...”
O caso acima citado é muito confundido com o Marketing Pessoal, porém seu nome correto é Supervalorização.
Engana-se quem pensa que esse tipo de atitude beneficia a carreira. O fato é que o marketing pessoal não deixa de ser marketing, o que significa que a eficácia da informação depende muito mais da sua qualidade do que da quantidade.
Num ponto de vista muito pessoal, entendo a supervalorização como uma característica própria das pessoas que não confiam completamente em seus conhecimentos ou desconhecem seus objetivos. A promoção de objetivos superficiais (supervalorização) distrai quem não compreende ou não têm real interesse sobre o assunto supervalorizado, porém, para quem possui conhecimento a respeito, a atitude pode resultar na perda da credibilidade.
Pessoas que procuram motivos para aparecer demais e agem como “estrelas” se auto-promovendo todo o tempo, esquecem que também estão expondo à todos seus defeitos e sua vulnerabilidade. O problema é que ao fazê-lo, estas características são compreendida e julgadas tanto por pessoas que acreditam quanto por pessoas que duvidam ou concorrem com estas “estrelas”.
Diria o publicitário Chuck Lieppe: “Aparentar ter competência é tão importante quanto a própria competência”. Porém vale lembrar que a afirmação aponta também a interdependência das coisas e que o perigo à longo prazo é de que a aparência nunca deixará de ser uma suposição, enquanto a necessidade de competência sempre será um fato.
Por todos esses motivos, o marketing pessoal está intimamente ligado à duas coisas: Foco no resultado pretendido e critério para definir o que precisa ser destacado.
Para ajudar a compreender melhor a gestão do marketing pessoal, seguem algumas regras de ouro que gosto de seguir:
1-) Cuide da embalagem
Apesar da aparência não ser obrigatoriamente o reflexo de sua competência, ela abre muitas portas para que as pessoas se interessem pelo seu conteúdo. Apesar de um pouco cruéis as comparações são inevitáveis e pessoas saudáveis, educadas e preocupadas consigo transmitem muito mais segurança e confiabilidade.
2-) Desenvolva o conteúdo
Preocupar-se com a aparência é importante, mas fundamental mesmo é absorver conteúdo compatível com o objetivo pretendido. Se você pretende apostar no marketing pessoal para subir de cargo, por exemplo, certifique-se de que está apto a desenvolver as atribuições relativas a ele. Será que você já estudou e colocou a mão na massa o suficiente para executar as tarefas dessa nova vaga?
3-) Tenha atitude
Já ouviu dizer que ela vale por mil palavras? Pois é verdade. Ter atitude não significa assumir a dianteira todo tempo, mas saber fazê-lo quando for a hora. É importante ressaltar que quando se fizer necessário tomar uma atitude ou expor uma idéia, a humildade deve ajudá-lo a manter o equilíbrio em relação aos outros tanto quanto consigo. Isso também ajuda a evitar a famigerada supervalorização.
4-) Seja ético, autêntico e transparente
Independente do marketing pessoal, estas características devem acompanhá-lo todo tempo na busca por seus objetivos. Porém a chave para vender-se melhor é despertar nas pessoas a confiança, e ela só pode ser conquistada quando estas três características são plenamente associadas à sua imagem.
5-) Avalie o tempo e o ambiente
Antes de investir pesado na sua imagem, avalie se é a hora correta para vender seu peixe e se ele está desenvolvido o suficiente para ser vendido.
Comece questionando-se sobre sua maturidade: Você e seu trabalho estão maduros o suficiente para um próximo passo?
Certifique-se de que o ambiente e as pessoas estão dispostas a receber suas idéias, ou se é necessário conquistar mais confiança para isso.
Por último, certifique-se de que os objetivos anteriores foram atingidos. Em caso positivo, esta é a hora certa para formular novos. Caso contrário será necessário colocar um pouco mais a mão na massa para resolver as pendências pessoais.
Vale recordar que usar o marketing pessoal para se promover é bem diferente de querer aparecer mais. A bem da verdade, quem pensa em auto-promoção precisa passar por todas as etapas acima para identificar a real necessidade disso para seu crescimento imediato ou para o futuro profissional.
O marketing pessoal deve ser aplicado para promover apenas os conhecimentos e vantagens que você já possui, nunca para maquiar defeitos ou correr atrás de prejuízos, pois o produto final deve ser sempre a credibilidade.
É visível a capacidade que algumas pessoas têm de escalar cargos com rapidez quando dependem do relacionamento. Porém é importante colocar que esta característica é apenas um complemento para todas as outras. Sem a qualidade técnica e a confiabilidade não há marketing pessoal que sustente uma carreira.
É comum ouvir alguém que não se considera um bom “marketeiro pessoal” resmungando a respeito da auto-promoção de outras pessoas. Há alguns dias atrás escutei:
“Ontem recebi um e-mail gigantesco do fulano sobre uma ação implantada na área de eventos. Era incrível a forma como tudo estava escrito! Metade do e-mail contava uma história sobre todos os problemas que existiam antes desta ação. A outra metade descrevia a implantação em tom de batalha, com todos os benefícios trazidos para a empresa. E este e-mail foi copiado para mais da metade dos funcionários.
O detalhe mais interessante é que esta ação se resumia à criação de uma planilha padrão de acompanhamento de eventos...”
O caso acima citado é muito confundido com o Marketing Pessoal, porém seu nome correto é Supervalorização.
Engana-se quem pensa que esse tipo de atitude beneficia a carreira. O fato é que o marketing pessoal não deixa de ser marketing, o que significa que a eficácia da informação depende muito mais da sua qualidade do que da quantidade.
Num ponto de vista muito pessoal, entendo a supervalorização como uma característica própria das pessoas que não confiam completamente em seus conhecimentos ou desconhecem seus objetivos. A promoção de objetivos superficiais (supervalorização) distrai quem não compreende ou não têm real interesse sobre o assunto supervalorizado, porém, para quem possui conhecimento a respeito, a atitude pode resultar na perda da credibilidade.
Pessoas que procuram motivos para aparecer demais e agem como “estrelas” se auto-promovendo todo o tempo, esquecem que também estão expondo à todos seus defeitos e sua vulnerabilidade. O problema é que ao fazê-lo, estas características são compreendida e julgadas tanto por pessoas que acreditam quanto por pessoas que duvidam ou concorrem com estas “estrelas”.
Diria o publicitário Chuck Lieppe: “Aparentar ter competência é tão importante quanto a própria competência”. Porém vale lembrar que a afirmação aponta também a interdependência das coisas e que o perigo à longo prazo é de que a aparência nunca deixará de ser uma suposição, enquanto a necessidade de competência sempre será um fato.
Por todos esses motivos, o marketing pessoal está intimamente ligado à duas coisas: Foco no resultado pretendido e critério para definir o que precisa ser destacado.
Para ajudar a compreender melhor a gestão do marketing pessoal, seguem algumas regras de ouro que gosto de seguir:
1-) Cuide da embalagem
Apesar da aparência não ser obrigatoriamente o reflexo de sua competência, ela abre muitas portas para que as pessoas se interessem pelo seu conteúdo. Apesar de um pouco cruéis as comparações são inevitáveis e pessoas saudáveis, educadas e preocupadas consigo transmitem muito mais segurança e confiabilidade.
2-) Desenvolva o conteúdo
Preocupar-se com a aparência é importante, mas fundamental mesmo é absorver conteúdo compatível com o objetivo pretendido. Se você pretende apostar no marketing pessoal para subir de cargo, por exemplo, certifique-se de que está apto a desenvolver as atribuições relativas a ele. Será que você já estudou e colocou a mão na massa o suficiente para executar as tarefas dessa nova vaga?
3-) Tenha atitude
Já ouviu dizer que ela vale por mil palavras? Pois é verdade. Ter atitude não significa assumir a dianteira todo tempo, mas saber fazê-lo quando for a hora. É importante ressaltar que quando se fizer necessário tomar uma atitude ou expor uma idéia, a humildade deve ajudá-lo a manter o equilíbrio em relação aos outros tanto quanto consigo. Isso também ajuda a evitar a famigerada supervalorização.
4-) Seja ético, autêntico e transparente
Independente do marketing pessoal, estas características devem acompanhá-lo todo tempo na busca por seus objetivos. Porém a chave para vender-se melhor é despertar nas pessoas a confiança, e ela só pode ser conquistada quando estas três características são plenamente associadas à sua imagem.
5-) Avalie o tempo e o ambiente
Antes de investir pesado na sua imagem, avalie se é a hora correta para vender seu peixe e se ele está desenvolvido o suficiente para ser vendido.
Comece questionando-se sobre sua maturidade: Você e seu trabalho estão maduros o suficiente para um próximo passo?
Certifique-se de que o ambiente e as pessoas estão dispostas a receber suas idéias, ou se é necessário conquistar mais confiança para isso.
Por último, certifique-se de que os objetivos anteriores foram atingidos. Em caso positivo, esta é a hora certa para formular novos. Caso contrário será necessário colocar um pouco mais a mão na massa para resolver as pendências pessoais.
Vale recordar que usar o marketing pessoal para se promover é bem diferente de querer aparecer mais. A bem da verdade, quem pensa em auto-promoção precisa passar por todas as etapas acima para identificar a real necessidade disso para seu crescimento imediato ou para o futuro profissional.
O marketing pessoal deve ser aplicado para promover apenas os conhecimentos e vantagens que você já possui, nunca para maquiar defeitos ou correr atrás de prejuízos, pois o produto final deve ser sempre a credibilidade.
3 Comentários:
Marketing muitas vezes traz um sentindo perjorativo a palavra. O próprio termo Marketeiro é utilizado em casos como estes para descrever pessoas com boa embalagem e pouco conteúdo. Travemos o bom combate....e para os " marketeiros" de plantão - numa análise rápida dos 4ps... antes de pensar na Promoção, avalie corretamente o Produto.
Olá!
Obrigado pelo comentário.
É justamente este o ponto! Avaliar o produto antes da exposição e fazer uma promoção justa dele.
Não existe marketing bom ou ruim, mas é uma ferramente utilizada para gerar expectativa, que não pode ser maior do que os benefícios que o produto traz.
A ordem é credibilidade sempre.
Abraços!
Também vale:
Não adianta a mulher de Cesar ser honesta, ela tambem tem que Parecer honesta!
Realmente o MKT pessoal e as atitudes devem mesmo manter equilibrio e coerência.
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