Esse é o espírito!
Aproveitando o ritmo de olimpíadas, vamos abordar um tema bastante influente nas empresas consideradas “modernas”: o espírito esportivo.
Ouve-se muito o termo “vestir a camisa” para ilustrar o sentimento que as empresas desejam desenvolver em seus profissionais, a participação ou o pertencimento àquele ambiente.
Sem dúvida é importante que todos os profissionais sintam-se inseridos no grupo onde depositarão temporariamente seus sonhos e uma parcela considerável de seus esforços. Porém esta febre de integração que invadiu os departamentos de RH e disseminou o amor à causa das empresas por parte dos funcionários desequilibrou dentro deles a balança entre o racional e o emocional.
Atualmente as convenções de vendas, por exemplo, deixam de ser um momento de alinhamento de objetivos da área para tornarem-se reuniões de colegas, onde a empresa inteira se integra, almoça, janta e passeia junta, colocando em cheque a tênue linha entre o pessoal e o profissional.
Para o cenário atual isso parece lógico já que convivemos cada vez mais com nossos colegas de trabalho e menos com nossas famílias. Neste caso um ambiente de trabalho amigável é essencial para o desenvolvimento das atividades de cada profissional, bem como para o bom andamento dos negócios.
Porém surge aí uma relação de dependência muito perigosa entre estes funcionários e as empresas. Para tais profissionais, ela deixou de ser um time para se tornar um segundo lar, um ambiente seguro contra as frustrações, o caminho certo para o sucesso.
Hoje é cada vez mais comum vermos pessoas utilizando como argumento a amizade com chefes e colegas ou a identificação com um cargo na hora de recusar uma proposta de emprego. Vejo no meu trabalho pessoas que recusam vagas excelentes de coordenadoria ou nível gerencial, simplesmente por que acreditam na causa da empresa ou por que não querem deixar o chefe na mão com um novo projeto.
Troca-se aí a racionalidade pela emoção de participar de um grupo. Esquece-se de um detalhe essencial: a empresa é uma instituição construtiva, com projetos que dependem de pessoas para serem realizados, sem dúvida, mas que dependem, invariavelmente, do lucro. Não se trata de uma democracia.
Assim como num time esportivo cada jogador tem que dar o seu melhor, unir esforços em busca de objetivos. Mas também é importante estar ciente de que podem haver substituições, inclusive se surgir alguém melhor preparado para o seu cargo.
Por isso é importante aproveitar as oportunidades e facilidades de que dispomos para incrementar tanto o desempenho na empresa quanto o próprio crescimento. Se seu cargo lhe proporciona fazer um curso de especialização, faça-o, mas sem esquecer de que isso não foi um presente, mas uma necessidade identificada pela empresa para que o trabalho desenvolvido em seu cargo seja cada vez melhor.
Devemos lembrar que um esportista também ganha salário, tanto quanto o médico da equipe, e que ambos serão substituídos um dia. Por este motivo um jogador não deixa de avaliar oportunidades, mesmo jogando num time importante. A paixão é essencial no que se faz, mas o esportista tem amor pelo seu esporte, este é o seu ideal, seu foco, o que dá sentido a todo o esforço e preparo. Quem tem amor pelo time é o torcedor.
A diferença entre pessoas que trabalham com o que amam e as que se condicionam a amar o ambiente no qual trabalham, é que o primeiro grupo é formado por aquelas que confiam no próprio taco e na sua equipe, assim como os jogadores, seja lá onde estiverem. O segundo grupo é o dos torcedores, confinados a um time pelo amor incondicional que sentem por ele. Não há atitude correta, mas o primeiro permite melhores chances de identificar as oportunidades, sejam elas internas ou externas.
Então, ao receber propostas de trabalho interessantes, pense friamente em suas possibilidades de crescimento. Será que a empresa onde você atua investirá tanto em seu desenvolvimento quanto a outra? Os benefícios concedidos realmente superam as expectativas de um salário maior ou a possibilidade de crescimento a curto ou médio prazos? Sejam quais forem as respostas, não deixe de considerar o clima também, já que este é o mérito da atitude acolhedora das empresas que investem no espírito esportivo. Isso também é importante e, na maioria das vezes, trocarmos um chefe parceiro e responsável por um chato ou impaciente não vale à pena nem mesmo com a possibilidade de um salário maior.
Visto isso diremos que é importante fazer um bom trabalho, participar da equipe e ajudar a empresa em seu desenvolvimento? Sim. Porém não perca oportunidades em nome da amizade ou por acreditar que seu trabalho fará falta para a empresa, pois não fará, pelo menos não por muito tempo. Alguém será colocado em seu lugar e, com certo treino, o substituirá de maneira satisfatória. Não acredite que a empresa pensará duas vezes caso um profissional melhor preparado tenha pretensões sobre seu cargo.
É comum dizermos SOU gerente, analista ou diretor, quando na verdade ESTAMOS nestes cargos. Vestir a camisa é válido, mas não devemos fechar as portas para outras possibilidades de forma alguma.
Este pensamento ajuda a perceber melhor as boas propostas, relacionando-se de maneira mais saudável com a vida profissional, dividindo com precisão seus objetivos pessoais dos objetivos que compartilha com sua empresa. Assim como disse Henry Ford, “se há algum segredo do sucesso, consiste na habilidade de aprender o ponto de vista do outro e ver as coisas tão bem pelo ângulo dele, como pelo seu”, sem perder o foco de cada um.
Ouve-se muito o termo “vestir a camisa” para ilustrar o sentimento que as empresas desejam desenvolver em seus profissionais, a participação ou o pertencimento àquele ambiente.
Sem dúvida é importante que todos os profissionais sintam-se inseridos no grupo onde depositarão temporariamente seus sonhos e uma parcela considerável de seus esforços. Porém esta febre de integração que invadiu os departamentos de RH e disseminou o amor à causa das empresas por parte dos funcionários desequilibrou dentro deles a balança entre o racional e o emocional.
Atualmente as convenções de vendas, por exemplo, deixam de ser um momento de alinhamento de objetivos da área para tornarem-se reuniões de colegas, onde a empresa inteira se integra, almoça, janta e passeia junta, colocando em cheque a tênue linha entre o pessoal e o profissional.
Para o cenário atual isso parece lógico já que convivemos cada vez mais com nossos colegas de trabalho e menos com nossas famílias. Neste caso um ambiente de trabalho amigável é essencial para o desenvolvimento das atividades de cada profissional, bem como para o bom andamento dos negócios.
Porém surge aí uma relação de dependência muito perigosa entre estes funcionários e as empresas. Para tais profissionais, ela deixou de ser um time para se tornar um segundo lar, um ambiente seguro contra as frustrações, o caminho certo para o sucesso.
Hoje é cada vez mais comum vermos pessoas utilizando como argumento a amizade com chefes e colegas ou a identificação com um cargo na hora de recusar uma proposta de emprego. Vejo no meu trabalho pessoas que recusam vagas excelentes de coordenadoria ou nível gerencial, simplesmente por que acreditam na causa da empresa ou por que não querem deixar o chefe na mão com um novo projeto.
Troca-se aí a racionalidade pela emoção de participar de um grupo. Esquece-se de um detalhe essencial: a empresa é uma instituição construtiva, com projetos que dependem de pessoas para serem realizados, sem dúvida, mas que dependem, invariavelmente, do lucro. Não se trata de uma democracia.
Assim como num time esportivo cada jogador tem que dar o seu melhor, unir esforços em busca de objetivos. Mas também é importante estar ciente de que podem haver substituições, inclusive se surgir alguém melhor preparado para o seu cargo.
Por isso é importante aproveitar as oportunidades e facilidades de que dispomos para incrementar tanto o desempenho na empresa quanto o próprio crescimento. Se seu cargo lhe proporciona fazer um curso de especialização, faça-o, mas sem esquecer de que isso não foi um presente, mas uma necessidade identificada pela empresa para que o trabalho desenvolvido em seu cargo seja cada vez melhor.
Devemos lembrar que um esportista também ganha salário, tanto quanto o médico da equipe, e que ambos serão substituídos um dia. Por este motivo um jogador não deixa de avaliar oportunidades, mesmo jogando num time importante. A paixão é essencial no que se faz, mas o esportista tem amor pelo seu esporte, este é o seu ideal, seu foco, o que dá sentido a todo o esforço e preparo. Quem tem amor pelo time é o torcedor.
A diferença entre pessoas que trabalham com o que amam e as que se condicionam a amar o ambiente no qual trabalham, é que o primeiro grupo é formado por aquelas que confiam no próprio taco e na sua equipe, assim como os jogadores, seja lá onde estiverem. O segundo grupo é o dos torcedores, confinados a um time pelo amor incondicional que sentem por ele. Não há atitude correta, mas o primeiro permite melhores chances de identificar as oportunidades, sejam elas internas ou externas.
Então, ao receber propostas de trabalho interessantes, pense friamente em suas possibilidades de crescimento. Será que a empresa onde você atua investirá tanto em seu desenvolvimento quanto a outra? Os benefícios concedidos realmente superam as expectativas de um salário maior ou a possibilidade de crescimento a curto ou médio prazos? Sejam quais forem as respostas, não deixe de considerar o clima também, já que este é o mérito da atitude acolhedora das empresas que investem no espírito esportivo. Isso também é importante e, na maioria das vezes, trocarmos um chefe parceiro e responsável por um chato ou impaciente não vale à pena nem mesmo com a possibilidade de um salário maior.
Visto isso diremos que é importante fazer um bom trabalho, participar da equipe e ajudar a empresa em seu desenvolvimento? Sim. Porém não perca oportunidades em nome da amizade ou por acreditar que seu trabalho fará falta para a empresa, pois não fará, pelo menos não por muito tempo. Alguém será colocado em seu lugar e, com certo treino, o substituirá de maneira satisfatória. Não acredite que a empresa pensará duas vezes caso um profissional melhor preparado tenha pretensões sobre seu cargo.
É comum dizermos SOU gerente, analista ou diretor, quando na verdade ESTAMOS nestes cargos. Vestir a camisa é válido, mas não devemos fechar as portas para outras possibilidades de forma alguma.
Este pensamento ajuda a perceber melhor as boas propostas, relacionando-se de maneira mais saudável com a vida profissional, dividindo com precisão seus objetivos pessoais dos objetivos que compartilha com sua empresa. Assim como disse Henry Ford, “se há algum segredo do sucesso, consiste na habilidade de aprender o ponto de vista do outro e ver as coisas tão bem pelo ângulo dele, como pelo seu”, sem perder o foco de cada um.