Equilibrando Pratos
Pronto!
Após um mês de voo de reconhecimento na empresa completei, na última semana, meu primeiro mês com as mãos no manche da aeronave.
Não vou chamar de voo solo, pois não foi. Contei com uma supervisão valiosa, mas, no geral, consegui me sair bem nas etapas iniciais.
As decisões do setor financeiro foram OK, apesar de um mês com faturamento abaixo da expectativa, porém com muitos negócios fechados, o que nos tranqüilizou um pouco em relação ao mês que entramos agora. Repito, tranqüilizou um pouco.
Na parte administrativa, depois de algum estudo, deu para notar que a melhor estratégia agora é mexer o mínimo possível. O objetivo imediato é alinhar as áreas de rentabilidade da empresa e conquistar mais alguns negócios de peso antes de mexer de vez na organização. Não que não seja necessário mexer. Na verdade tem muita poeira para tirar dos arquivos, mas tem funcionado bem há alguns anos e não é o foco agora.
A parte mais interessante disso tudo foi a conversa que tivemos na “Reunião do voo solo”, que aconteceu ao final da semana passada.
Para mim sempre foi mais fácil associar coisas desse tipo com analogias que exemplifiquem de forma simples algo tão complexo como uma empresa. Para mim a analogia mais óbvia deste meu primeiro mês com as mãos no manche foi o equilíbrio dos pratos.
Administrar uma empresa, independente do tamanho, é muito semelhante com a arte de equilibrar pratos. Assim como o malabarista o administrador tem que ter foco nos pratos que estão na sua mão, mas sua visão periférica tem que estar sempre ligada naqueles que estão cambaleando e precisam de um empurrãozinho extra.
E é perceptível a diferença que um administrador experiente faz num negócio, seja qual for seu tamanho. Isso me deixou mais humilde... e cheio de vontade de entender desse negócio de verdade.
“Segure o financeiro, avalie a administração, cheque o funcionamento do atendimento... mas e as negociações em andamento? Esqueceu?
E por que o faturamento não bateu este mês se esteve estável nos últimos, sabe responder?”
Esse foi, por muitas vezes, o trabalho do meu pai como instrutor durante este mês. Ele fixou suas atividades nos projetos que dividimos e na área de eletrônica, pela qual ficou inteiramente responsável, é verdade. Mas sua visão periférica não deixou escapar nenhum prato... e como tive que suar para fazer com que todos girassem, no mínimo, satisfatoriamente.
Mas caiu algum?
Pode ser que, em partes, alguns deles tenham ficado meio bambos durante boa parte do tempo, mas não tive que recolher nenhum estilhaço do chão até o momento. A vassoura continua encostada no canto do picadeiro.
E, como disse Ricardo Semler: “Ninguém pode ser chamado de empresário até que consiga passar, pelo menos perto, de sua primeira concordata”.
Deus me livre! Mas que continuem vindo desafios grandes e pequenos.
E aproveito também para colocar aqui algumas lições do mês que passou:
- Administrar é um mundo de pequenas coisas estudadas na teoria e aprendidas na prática.
- Você pode não entender cientificamente o funcionamento do seu produto, mas precisa conhecê-lo, pois seus funcionários esperam que você tenha respostas para suas perguntas. (Ou “a arte de não se enrolar na sua própria empresa”)
- O dia de trabalho na administração de uma empresa amanhece na segunda-feira e anoitece na sexta-feira. (Muito importante! Facilita incrivelmente a vida de ex-funcionários de multinacionais como eu.)
- Agüentam a pressão aqueles que conseguem manter o equilíbrio em todas as atividades, sejam elas pessoais ou profissionais, mesmo sabendo da tendência que a empresa tem de dominar muito mais do que 24 horas do seu dia produtivo.
- “A General Motors também quebra.”
E, para completar, apesar dos pesares é muito bom colocar a mão na massa para fazer girar uma máquina sob sua direção, com perspectivas ilimitadas de futuro.
Muito bom!
Após um mês de voo de reconhecimento na empresa completei, na última semana, meu primeiro mês com as mãos no manche da aeronave.
Não vou chamar de voo solo, pois não foi. Contei com uma supervisão valiosa, mas, no geral, consegui me sair bem nas etapas iniciais.
As decisões do setor financeiro foram OK, apesar de um mês com faturamento abaixo da expectativa, porém com muitos negócios fechados, o que nos tranqüilizou um pouco em relação ao mês que entramos agora. Repito, tranqüilizou um pouco.
Na parte administrativa, depois de algum estudo, deu para notar que a melhor estratégia agora é mexer o mínimo possível. O objetivo imediato é alinhar as áreas de rentabilidade da empresa e conquistar mais alguns negócios de peso antes de mexer de vez na organização. Não que não seja necessário mexer. Na verdade tem muita poeira para tirar dos arquivos, mas tem funcionado bem há alguns anos e não é o foco agora.
A parte mais interessante disso tudo foi a conversa que tivemos na “Reunião do voo solo”, que aconteceu ao final da semana passada.
Para mim sempre foi mais fácil associar coisas desse tipo com analogias que exemplifiquem de forma simples algo tão complexo como uma empresa. Para mim a analogia mais óbvia deste meu primeiro mês com as mãos no manche foi o equilíbrio dos pratos.
Administrar uma empresa, independente do tamanho, é muito semelhante com a arte de equilibrar pratos. Assim como o malabarista o administrador tem que ter foco nos pratos que estão na sua mão, mas sua visão periférica tem que estar sempre ligada naqueles que estão cambaleando e precisam de um empurrãozinho extra.
E é perceptível a diferença que um administrador experiente faz num negócio, seja qual for seu tamanho. Isso me deixou mais humilde... e cheio de vontade de entender desse negócio de verdade.
“Segure o financeiro, avalie a administração, cheque o funcionamento do atendimento... mas e as negociações em andamento? Esqueceu?
E por que o faturamento não bateu este mês se esteve estável nos últimos, sabe responder?”
Esse foi, por muitas vezes, o trabalho do meu pai como instrutor durante este mês. Ele fixou suas atividades nos projetos que dividimos e na área de eletrônica, pela qual ficou inteiramente responsável, é verdade. Mas sua visão periférica não deixou escapar nenhum prato... e como tive que suar para fazer com que todos girassem, no mínimo, satisfatoriamente.
Mas caiu algum?
Pode ser que, em partes, alguns deles tenham ficado meio bambos durante boa parte do tempo, mas não tive que recolher nenhum estilhaço do chão até o momento. A vassoura continua encostada no canto do picadeiro.
E, como disse Ricardo Semler: “Ninguém pode ser chamado de empresário até que consiga passar, pelo menos perto, de sua primeira concordata”.
Deus me livre! Mas que continuem vindo desafios grandes e pequenos.
E aproveito também para colocar aqui algumas lições do mês que passou:
- Administrar é um mundo de pequenas coisas estudadas na teoria e aprendidas na prática.
- Você pode não entender cientificamente o funcionamento do seu produto, mas precisa conhecê-lo, pois seus funcionários esperam que você tenha respostas para suas perguntas. (Ou “a arte de não se enrolar na sua própria empresa”)
- O dia de trabalho na administração de uma empresa amanhece na segunda-feira e anoitece na sexta-feira. (Muito importante! Facilita incrivelmente a vida de ex-funcionários de multinacionais como eu.)
- Agüentam a pressão aqueles que conseguem manter o equilíbrio em todas as atividades, sejam elas pessoais ou profissionais, mesmo sabendo da tendência que a empresa tem de dominar muito mais do que 24 horas do seu dia produtivo.
- “A General Motors também quebra.”
E, para completar, apesar dos pesares é muito bom colocar a mão na massa para fazer girar uma máquina sob sua direção, com perspectivas ilimitadas de futuro.
Muito bom!